segunda-feira, 16 de maio de 2016

61

Liguei pro Erick e rapidamente ele atendeu.
-Oi passarinha. Podia imaginar seu sorriso.
-Oi passarinho. Queria falar comigo?
-É! Você não me ligou, como estão as coisas por ai?
-Tá tudo bem. Desculpa pela enxerida da minha filha.
-Ela disse que você estava ocupada.
-Mas não estava.
-Ela não gosta mesmo de mim né?
-Ela vai aprender gostar.
Estávamos numa conversa interessante quando Malu entrou no quarto.
-Mamãe, o papai tá te chamando.
-Diz que eu já vou Malu. Disse e ela saiu.
-O Luan tá ai? Erick perguntou desconfiado e eu gelei.
-Está! Respondi engasgada. -Ele veio fazer as pazes com a Malu.
-Só com a Malu?
-Só Erick. Para de ser besta. Ri fraco pra disfarçar o nervosismo.
-Tudo bem. Vai lá ver o que ele quer, depois a gente se fala.
-Erick para...Tarde demais, ele já havia desligado.
 Guardei o celular negando e desci.  -O que foi Luan? 
-Você não disse que precisava fazer compras?
-Vou só me trocar. Subi novamente pro quarto, pensei em ligar novamente pro Erick mas ele deveria estar com a cabeça quente e acabaríamos brigando, coisa que eu não queria. Vasculhei minhas roupas e após encontrar algo que me agradasse, me vesti.
Passei uma maquiagem básica, vi se estava tudo na bolsa e antes de sair do quarto, Malu entrou.
-Mamãe?
-O que foi filha?
-Traz sorvete pra mim? pediu com a cara mais linda do mundo.
-Você anda muito atrevida, não sei se está merecendo.
-O que eu fiz mamãe?
-O que você fez? Atendeu meu telefone sem minha ordem.
-Desculpa. Mas tava tocando. Ela disse triste.
-Me chamasse que eu atendia.
-Eu não atendo mais tá bom?
-Pode atender, mas seja educada pelo menos.
-Eu só disse que você tava ocupada. E ele é chato.
-Maria Luiza. Repreendi e ela riu. 
-Desculpa mamãe?
-Tudo bem. A peguei no colo e lhe beijei.
-Você tá linda. Alisou meu rosto.
-Não vem querer me comprar não sua cínica. Peguei a bolsa e descemos.
-Papai, papai. Malu gritava por ele que estava na sala assistindo algo na tv.
-O que foi filha? A coloquei no chão e ela correu para o pai.
-A mamãe não tá linda? Perguntou e ele tirou os olhos da tv, se virando pra mim.
-Nossa! Ficou de boca aberta me olhando.
-Não tá papai?
-Tá! Linda demais. 
-Viu mamãe? O papai também acha que você tá linda.
-Obrigada! Mas agora eu tenho que ir. Comportem-se vocês. Dei um beijo em Malu e sai em seguida. 

Comprei tudo o que precisava e quando já estava no caixa, avistei algo que poderia me ajudar muito, coloquei junto no carrinho e depois de pagar as compras voltei pra casa.
Cheguei e os dois estavam assistindo filme na sala. Ao me ver Malu correu em minha direção e Luan também levantou.
-Deixa eu te ajudar. Pegou as sacolas da minha mão.
-Obrigada! Agradeci e fomos pra cozinha. 
-Você comprou meu sorvete? Malu perguntou vasculhando nas sacolas.
-Comprei, mas a senhorita só vai comer depois do jantar.
-Mas o jantar vai demorar. Reclamou.
-E você vai esperar. Disse e ela saiu batendo o pé. -Não vai atras dela? Encarei Luan.
-Eu não. ele riu.
-Pensei que fosse. Não para de bajular a menina desde que fizeram as pazes.
-Estava tentando me redimir.
-E pelo jeito conseguiu né?
-Eu sempre consigo o que eu quero. Me encarou. -As vezes demora um pouco, mas eu consigo. Fingi que não entendi que ele se referia a mim e continuei guardando as coisas. -Vamos sair pra jantar hoje? 
-Tinha outros planos pra hoje. 
-Sério? O que?
-Fazer o jantar. Dei de ombros.
-Fala sério Jéssica. Ele ria.
-Eu tô falando sério. Comprei umas revistas de culinária no mercado. Vou tentar. 
-Tenho dó da minha filha.
-Jura? Porque eu estava considerando seu convite pra jantar, e pensei em convidar você pra jantar com a gente. O encarei.
-Pensou? 
-Malu, o papai vai jantar com a gente hoje. Gritei da cozinha e vi ele me fuzilar. -Pensou que ia escapar? gargalhei.
-Eu aceito se você me deixar te ajudar?
-Eu na cozinha já será um desastre, imagina nós dois.
-A gente tenta, se não der certo, a gente sai pra jantar fora?
-Ok! Acabei aceitando a proposta de Luan, e estava rezando pra não me arrepender daquilo.

-Ali Luan. Apontei o armário onde estava a fôrma. Estávamos tentando fazer um arroz de forno.
-Tem certeza que é assim?
-É o que está escrito aqui. Dei de ombros. -Agora é só esperar. 
-E rezar pra que de certo. Gargalhou. Depois que assistimos um filme com Malu, viemos cuidar do jantar, e pra falar a verdade, estava muito divertido, a não ser pela sujeira. Quem visse de fora, diria que éramos um casal feliz.
 -Eu vou tomar um banho. Disse. Subi pro quarto e tomei um banho não muito demorado, desci a escada correndo quando senti cheiro de queimado. -LUAN! Gritei e num piscar de olhos ele estava na minha frente. 
-O que foi? 
-Porque você não ficou de olho aqui? 
-Ué, você não pediu.
-Não acredito. Tava indo tudo tão bem. Bufei derrotada.
-Partiu plano B? Sugeriu me encarando.
-Fazer o que né? Choraminguei. -Pode arrumar a Malu pra eu me trocar?
-Vai lá. Sai da cozinha indignada com tudo aquilo, será que nunca vou conseguir fazer nada certo na cozinha?
Procurei uma roupa e me vesti.
Fiz make marcando os olhos e quando terminei fui pro quarto de Malu ver como eles estavam.
-Já tá pronta filha? Perguntei entrando.
-Já mamãe. Sorriu. -Só vou passar perfume. Correu até o closet.
-O que foi? Perguntei vendo que Luan estava me olhando em silencio.
-Como você consegue? Riu fraco,
-O que? Perguntei sem entender.
-Ficar cada dia mais linda. esses dias com vocês tem sido tão bom pra mim. Vi verdade em seus olhos. -Poder sair assim pra jantar com vocês duas, a tarde divertida que tivemos hoje, a tentativa fracassada de fazer um jantar descente. Sorriu. -É tudo o que eu quero pra mi,.
-Queimar arroz de forno é a sua visão de futuro? Ri tentando fugir de seus olhos.
-Desde que você e nossa filha estejam comigo. Sim, é a minha visão de futuro. Graças a Deus Malu saiu do closet, interrompendo aquele momento. O celular do Luan apitou no bolso e depois de ler a mensagem avisou: -O motorista chegou. Vamos? Estendeu a mão pra Malu e seguimos pro restaurante.
-Não vai dar problema, você aqui sem segurança? Perguntei assim que sai do carro.
-Fica tranquila, qualquer coisa tem o segurança do restaurante. Concordei mais tranquila e entramos.. Confesso que mesmo não estando muito relaxada com tudo isso, consegui disfarçar e ter um jantar tranquilo com minha filha. Por mais que Luan tivesse me magoado, por mais que o que ele tenha feito não tenha desculpas, ele estava conseguindo me mostrar que estava disposto a mudar. Ou eu só estava me deixando levar pelo momento. Malu estava visivelmente feliz com tudo aquilo e por um momento pensei como seria maravilhoso pra ela ter os pais juntos outra vez. 
Terminamos o jantar e voltamos pra casa. Malu dormiu no caminho e assim que chegamos, Luan a pegou no colo e entrou com ela. Fechei a porta e fui até a cozinha beber água. Deixei o copo na pia e subi. Ia entrar no quarto de Malu e assim que abri a porta, esbarrei em Luan, que por impulso me segurou pela cintura. -Desculpa! Ele disse olhando nos meu olhos.
-Não foi nada! Disse devolvendo o olhar e ele mantinha as mãos em minha cintura. Você tirou os sapatos dela? Perguntei e vi seus olhos mudarem de direção, indo pra minha boca.
-Tirei. Sussurrou.
-É...eu preciso...Eu tenho que trocar a roupa dela.
-Cla...claro. Eu já vou indo então. Me soltou.
-Espera que eu te levo até a porta. Pedi e ele concordou saindo do quarto. Coloquei um pijama em Malu, fazendo o máximo pra que ela não acordasse. Senti-lo tão próximo de mim, trouxe de volta todos os sentimentos que eu tentava repreender dentro de mim. Esquece-lo era o que eu queria, conseguir é que estava sendo difícil. Dei um beijo em minha filha e desci. Ele estava sentado no sofá com as mãos entre os cabelos, o que demonstrava que ele estava nervoso. Assim que viu descendo, se levantou.
-Vocês voltam pra São Paulo quando?
-Acho que daqui uns 10 dias. 
-Tudo isso?
-A Malu está de férias.
-Posso aparecer quando der? Me encarou. -Pra ver a Malu! Justificou.
-Avisa antes.
-Conheço as regras. Brincou. -Eu vou indo então.
-Viaja amanhã mesmo?
-A tarde. Se der tempo passo aqui pra me despedir da Malu, se não der eu ligo.
Caminhou até a porta e eu a abri. 
-Obrigada!
-Pelo que?
-Por tudo! A malu estava tão tristinha longe de você.
-Eu que tenho que pedir desculpa por ter magoado ela.
-Ela já te desculpou. Ri.
-Só falta você. Se aproximou de mim e eu dei um passo pra traz.
-Luan...
-Ok! Não vou forçar a barra com você. Só por hoje. 
-Idiota! Ao nos despedir, ele saiu deixando um beijo no canto de minha boca. Fechei a porta feito uma boba e subi pro meu quarto.

...

Os 10 dias se arrastaram, Luan não teve folga pra poder ir nos visitar mas ligou todos os dias pra falar com Malu, já Erick, não me ligou nenhuma vez as duas vezes que liguei ele não me atendeu.
Bruna havia ligado avisando que Mari estava nos convidando pra almoçar e como Malu reclamava de saudade dos avós e da tia, aceitei, combinamos que Bruna nos buscaria no aeroporto. Terminei de fechar a ultima mala e assim que o taxi chegou, partimos.

Desembarcamos em São Paulo e pra minha surpresa, quem estava nos esperando era Luan.
-Papai! malu saiu correndo ao encontro dele, que a pegou no colo.
-Oi minha princesa.
-Cadê a Bruna? Perguntei.
-Oi pra você também.Ele me encarou. -Ela teve que resolver umas coisas de ultima hora  e pediu pra eu vir buscar vocês.
-Então você pode me deixar em casa e levar a Malu pra ver sua mãe. Pedi.
-Você não vai?
-Não!
-Mas minha mãe está esperando vocês pro almoço. Bufei.
-Eu tinha esquecido.
-Então?
-Então vamos né? Luan colocou as malas no carro, Malu na cadeirinha e seguimos par sua casa.

Fomos muito bem recebidas por Mari, o que já era de se esperar. Luan subiu pro quarto e enquanto eu conversava com mari, Malu brincava com Puff. 
-Mamãe, posso brincar lá fora?
-Cuidado com a piscina.
-Tá. Ela pegou o cachorrinho e saiu com ele no colo.
-Vou ver a carne que está no forno, vem comigo? Mari chamou se levantando.
-Vou só tentar fazer uma ligação aqui e já vou. Sorri simpática e ela saiu. Disquei o numero de Erick mais uma vez e nada, então mandei uma mensagem. 

Sei que está me evitando, mas queria que soubesse que já estou em São Paulo. 

Enviei a mensagem e mais uma vez tentei ligar. Nada!
-Droga! Reclamei.
-Algum problema? Luan perguntou descendo as escadas.
-Não! Sorri fraco. 
-Cadê a Malu?
-Lá fora com o Puff.
Bruna e Amarildo chegaram em casa e assim almoçamos todos juntos. Malu, como de costume e por estar cansada da viagem, acabou pegando no sono em seguida.
-Vou chamar um taxi. Disse abrindo a bolsa.
-Pra que? Luan perguntou.
-Pra ir pra minha casa ué.
-Eu levo você.
-A Malu também.
-Deixa ela aqui. Eu só viajo na quinta.
-Ela tem aula amanhã.
-Eu levo ela.
-Tem certeza?
-Claro Jéssica. Revirou os olhos.
-Então tem que pegar as coisas dela.
-Eu te levo e já pego.
Me despedi da família de Luan e seguimos pra minha casa, assim que ele estacionou frente, vi que tinha outro carro parado ali na frente.
Desci do carro e percebi que era o Erick.


Ferrou? Esses dois sei não viu. 


quinta-feira, 7 de abril de 2016

60

Por mais que Luan tivesse aprontado, não tinha como negar que ele mexia e muito comigo. Não conseguia ficar perto dele e não lembrar dos momentos bons que passamos juntos.
Passei o dia brincando com Malu, que estava com o humor muito melhor desde que fez as pazes com o pai. Luan não disse a hora que viria então liguei num restaurante e pedi nosso jantar. Não ia obrigar minha filha comer alguma gororoba feita por mim.
-Tá na hora de tomar banho né porquinha? Fiz cócegas em Malu que assistia um desenho deitada no tapete da sala.
-O papai ligou? 
-Não filha! Mas se ele disse que vem, então ele vem. Espera!
-Mas e se ele não vir?
-Ele vem Malu! Mas se você não subir agora pra tomar banho, vou ligar pra ele e dizer pra ele não vir mais.
-Tá bom! Ela levantou e subiu. Desligue a televisão e subi atrás da minha filha. Aproveitei, tomei um banho e me vesti.

Malu estava reclamando da demora do pai quando a campainha tocou.
-Pronto! Ele chegou. Disse respirando aliviada. Malu ia descer a escada correndo, mas a peguei no colo antes.
-Deixa eu abrir a porta mamãe.
-Deixa de ser apressada. E se não for seu pai?
-Mas é! Ela riu travessa. Neguei com a cabeça e segui até a porta ainda com ela no colo. Abri e Luan estava ali, vestindo seu mais lindo sorriso.
-Oi!
-Papai! Malu gritou se jogando nos braços dele, fazendo meus pensamentos voarem longe. Sacudi a cabeça para afastá-los e pedi que ele entrasse. -Você demorou papai. 
-Demorei nada filha. 
-Ela tava ansiosa. Não parava de perguntar se você viria.
-Passou sua raiva então? Luan a encarou.
-Passou papai! Ela sorriu. Deixei os dois na sala brincando e fui para a cozinha esquentar o jantar.
Estava tirando a carne do forno, quando me assustei com a presença dele. 
-Que susto! Disse segurando firme a forma pra que não derrubasse tudo.
-Desculpa. Ele riu.
-Quer alguma coisa? cadê a Malu?
-Ela subiu pra buscar uma boneca. Você pode me arrumar um copo d' água?
-Claro! Coloquei a forma na mesa e peguei a água pra ele.
-Obrigado! Ele disse me devolvendo o copo. -Você cozinha agora? Perguntou debochado. -Parece gostoso.
-Se quiser te convido pra jantar?
-Olha que eu aceito.
-Cala a boca Luan. Disse voltando minha atenção para o que fazia e ouvi Malu descer as escadas.
-Mamãe, o papai tá... Ah você tá ai. Ela disse ofegante por descer as escadas correndo. Os dois voltaram pra sala e eu fi fiquei terminando de "fazer' o jantar.  Arrumei a mesa e fui pra sala.
-Vamos jantar filha?
-O papai vai jantar com a gente?Malu perguntou me encarando.
-Ele quem sabe.
-Fica papai?  Malu pediu e ele aceitou. Fomos pra cozinha e jantamos em meio as brincadeiras dos dois. Luan era um palhaço e qualquer coisa que falava ou fazia, Malu caía na gargalhada.
-Você aprendeu cozinhar de uma hora pra outra foi? Luan perguntou me encarando e dando mais uma garfada na comida e eu ri.
-A mamãe comprou comida pronta no restaurante. Malu me entregou.
-Como você é futriqueira Maria Luiza. A fuzilei rindo.
-Que coisa feia. Querendo me enganar.
-Não disse que fui eu quem fiz a comida. Dei de ombros.
-Mas também não disse que não foi. Terminamos o jantar e enquanto Luan subiu com Malu para ela escovar os dentes, eu fiquei arrumando a cozinha. terminei e fui para a sala. Os dois desceram e ficaram brincando, Malu nem me dava atenção e eu deixei ela curtir o tempo dela com o pai, já que passaram tanto tempo afastados.
O tempo foi passando, eu já estava com sono e Malu parecia que ia se entregar também.
-Tá tarde! O papai já vai. Luan disse tentando se levantar mas Malu o impediu.
-Fica papai? Pediu manhosa.
-O papai tem que ir filha. Amanhã eu volto.
-Dorme comigo. Choramingou e eu tremi.
-Dormir eu não posso Malu. Disse me olhando, esperando uma resposta.
-Você vai trabalhar?
-Não filha. Mas...
-Mamãe, fala pro papai ficar? Chorou e não tive como resistir.
-Quando ela dormir você vai. Sussurrei e ele concordou. -Tudo bem filha. Ele pode ficar. Malu deu mais uns soluços e logo o choro cessou. -Vou arrumar o quarto pra vocês. Disse me levantando, desconfortável com aquela situação. Arrumei o quarto onde Malu estava e logo eles apareceram.
-Hora de dormir né pirralha. Luan colocou Malu na cama. 
-Amanhã quando eu acordar você vai tá aqui? Perguntou desconfiada e Luan me olhou.
-Vou filha! Agora vamos dormir né? Balancei a cabeça negativamente e sai do quarto. Não estava acreditando que ia ter que deixar ele passar a noite aqui. Seria difícil passar a noite debaixo do mesmo teto que Luan.
-A noite vai ser longa. Disse no corredor a caminho do meu quarto. Entrei depressa no banheiro e me enfiei debaixo do chuveiro gelado. Precisava acalmar os nervos e aceitar a ideia de que Luan passaria a noite no quarto ao lado do meu. Terminei meu banho, me vesti e deitei a procura do sono.

...

Apesar de não ter dormido muito bem, levantei cedo e fui preparar o café. Fiz um suco, que não me pareceu muito difícil e coloquei as outras coisas na mesa. Fui pegar o queijo na geladeira e quando me virei dei de cara com Luan atrás de mim. 
-Que susto! Disse deixando o queijo cair.
-Foi mal, eu não queria te assustar. 
-Mas assustou. Me afastei dele ainda sem ar, não só pelo susto, mas por ele estar sem camisa ali na minha frente. Luan pegou a bagunça que estava no chão por conta do queijo e colocou na pia. -É...cadê a Malu? Perguntei.
-Tá dormindo ainda. Se encostou na pia e ficou me olhando.
-O que foi?
-Você fica ainda mais linda assim cuidando das coisas de casa. Ignorei seu comentário e continuei arrumando a mesa.
-Vai ficar ai me olhando?
-Qual o problema? Neguei.
-Pensei que eu tivesse dito que assim que ela dormisse você iria embora. Procurei um assunto.
-Coloquei ela pra dormir e acabei dormindo também. Coçou a cabeça. -Fiz mal?
-Sem problema. Só não acostuma. Disse e ele riu. 
Continuei arrumando as coisas na mesa e vez ou outra pegava o olhar dele nas minhas pernas. Também não era pra menos, eu ainda estava com a roupa que dormi e ela não era lá muito comportada.  Se eu fosse tímida eu poderia jurar que estava vermelha. -Será que você pode ir acordar a Malu? Eu vou trocar de roupa.
-Se for por minha causa nem precisa se incomodar. 
-Idiota! Joguei o pano de prato nele e sai.
Subi pro quarto e troquei de roupa.


...


-Porque você vai embora papai? Malu chorava.
-Filha, eu preciso ir pro hotel, tomar um banho, trocar de roupa. Luan se explicava.
-Toma banho aqui.
-Não dá filha. O papai vai mas volta depois.
-Volta mesmo?
-Volto filha. Mais tarde o papai vem ficar com você. Malu e Luan se despediram e ela foi se distrair com os brinquedos. -Posso voltar mais tarde?
-Desde que não seja pra dormir, pode.
-Porque pra dormir não?
-Com você aqui a Malu não me dá a minima atenção. Reclamei.
-Tá com ciumes Jéssica? Luan riu.
-Cala a boca. Seria bom mesmo você vir mais tarde. Preciso dar uma saidinha.
-Se aproveitando da minha boa vontade?
-Preciso fazer umas compras. Se pretendo ficar aqui até acaba as férias da Malu, tenho que abastecer os armários.
-Tudo bem então. Eu vou no hotel rapidinho e volto. Nos despedimos sem nenhum toque e ele foi embora.
Enquanto Malu brincava na sala, dei uma arrumada na casa e de tarde saímos pra almoçar. Neide me ligava diversas vezes pra saber como estava me virando com a alimentação de Malu e me dava várias broncas por saber que estava levando ela pra comer em restaurantes. Quando voltasse pra casa, precisaria urgentemente de umas aulas de culinária. 
Voltamos e Malu acabou pegando no sono. Estava me preparando pra tirar um cochilo, quando a campainha tocou. Atendi e era Luan.
-Já voltou?
-Só fui tomar um banho e almoçar. Disse entrando. -Cadê a Malu?
-Dormiu. Ficamos um tempo na sala e aquele silêncio estava me matando. -Você não tem show hoje? Perguntei pra quebrar o silencio.
-Só amanhã.
-E não vai ficar com sua família não?
-Tinha que fazer as pazes com minha filha.
-Pensei que ela não fosse te desculpar. Ri fraco.
-Vou confessar que eu fiquei com medo. Ela tem bem a quem puxar. me encarou.
-Tá falando de que?
-Quando é que você vai me desculpar?
-Não começa Luan!
-Porra Jéssica! Não acha que já me castigou demais não?
-Não tô castigando ninguém. Só acho que o que você fez não tem desculpa.
-Eu sei que eu fui um idiota, mais porra, eu já aprendi. Aprendi e da pior forma. Acha que eu não tô sofrendo com tudo isso? Acha que tá sendo fácil pra mim te ver com  o outro cara?
-Também não foi fácil pra mim te ver com outra. A diferença é que eu não tenho nada com você.
-Porque você tá fazendo isso comigo?
-Eu que te pergunto. Porque você fez isso comigo? Ele abaixou a cabeça.
-Já disse que fui um idiota.
-Eu sei disso. Mas teve outro motivo? Eu te dei algum motivo?
-Não Jéssica! Você não me deu motivo nenhum. Sei lá...! Carência talvez. A gente tava um tempo sem se ver e...
-E vai ser sempre assim? Você vive viajando pra fazer seus shows, a gente vai passar dias e mais dias longe e quando a carência bater você leva a primeira que aparecer na sua frente pra sua cama?
-Claro que não!
-Quem me garante Luan?
-Eu não sei como estou suportando esse tempo longe de você. Não faria nada pra te perder de novo. Sentia angustia em sua voz.
-Eu não sei Luan. Perdi a confiança que tinha em você.
-Você nunca errou na vida Jéssica?
-Errei! Errei muito e você mais do que ninguém sabe disso. Mas sempre fui fiel a você. E pensando bem, a culpa disso tudo é mesmo minha. Afinal de contas, nossa relação já começou com uma traição né?
-Meu casamento já nem existia mais.
-Não importa Luan. Aquela discussão ia longe, se não fosse por Malu descer com meu celular na mão.
-Mãe, seu celular tava tocando e eu atendi. Ela disse me entregando e eu vi que não tinha nenhuma ligação.
-E que era?
-Seu amigo chato! Disse se jogando no colo do pai.
-E porque você não me chamou sua enxerida?
-Eu disse que você tava ocupada e ele disse que ligava depois. Deu de ombros.
-Ocupada? Você acabou de acordar, como sabe se eu estava ocupada?
-Ah mãe, não sei. 
-Menina, menina. você tá muito abusada. Peguei o celular e fui ligar pro Erick.

Esses dois tão precisando se resolver né? Será que vão?


terça-feira, 5 de abril de 2016

59

Luan On

-Vai buscar a Malu hoje? Minha irmã perguntou se jogando no sofá.
-Não sei!
-Nossa Pi! Faz tanto tempo que você não traz ela aqui. Ela reclamou.
-Se eu for buscar a Malu, vou ter que encarar a Jéssica, e não tô afim.
-Vocês não tem volta mesmo?
-Do jeito que anda as coisas é bem provável que não.
-Mas você também não facilita né?
-Vai ficar do lado dela? A encarei.
-Só to falando o que acho. Fica ai esparramado no sofá ao invés de ir atrás da mulher que você ama. Ela fez uma pausa me encarando. –Vai dizer que não ama mais a Jéssica?
-Eu gosto dela Bruna, mas não vou ficar correndo atrás de ninguém. Foi ela quem terminou comigo. Dei de ombros.
-Você sabe muito bem porque ela terminou com você.
-Eu sei! Mas agora nem adianta. Ela tá namorando aquele tio do Renan.
-Ela não tá namorando o Erick.
-Ah não? E porque vivem juntinhos em todo canto agora?
-Eles não estão namorando, mas nada impede. Ou melhor, você poderia impedir.
-Eu?
-É! Vai atrás da sua mulher e da sua vida antes que seja tarde.
-Eu não vou atrás de ninguém Bruna. Agora sai daqui. Joguei uma almofada nela que saiu da sala me deixando sozinho. Por mais que gostasse da Jéssica, não ia ficar me humilhando atrás dela, sem contar que ela não deve sentir mais nada por mim. Afinal, vivemos brigando o tempo todo e sempre que ela me encara, vejo ódio em seu olhar. Continuei no meu celular e acabei marcando de sair com uns amigos a noite.

Jéssica On

-Não quer que eu ligue pro seu pai vir te buscar filha? Ele está em casa. Sorri pra ela na esperança de Malu aceitar ir pra casa do pai. Por mais que não quisesse encarar Luan, minha filha tinha o direito de conviver com ele.
-Não quero mamãe! Fez bico. –Quero ficar aqui com você. Definitivamente não estava mais aguentando essa situação. Desde que Luan viajou sem levar Malu, ela anda muito distante e fria com ele, e isso não era nada bom.
-Se mudar de ideia é só falar tá bom?
-Você vai sair?
-Não meu amor! Só vou no quarto buscar o computador. Sorri me levantando e subi. Precisava resolver essa situação de vez ou ia acabar enlouquecendo. Com Malu desse jeito, nem pro trabalho eu estava indo mais. Peguei o note e desci. Abri um e-mail de um fornecedor de bebidas, onde dizia que o dia da entrega havia sido mudado, respondi e depois de me organizar ali, fui dar atenção pra Malu, pois ela estava precisando.

Os dias se arrastaram e finalmente recebi a noticia que Malu entraria de férias da escola. Luan havia ligado poucas vezes e Malu não perguntava pelo pai como fazia diariamente, o que estava me preocupando. Todo esse gelo que ela estava dando nele poderia fazer ele achar que estava a obrigando fazer isso. O que não era verdade.
-Quer ir pra casa da sua avó? Perguntei no caminho da escola pra casa na tentativa dela aceitar.
-Não quero mamãe. Respondeu sem tirar a concentração do tablet, onde jogava.
-Ela deve estar com saudade de você filha.
-Eu também to mamãe. Mas não quero ver o papai, To brava com ele.
-Será que não tá na hora de você desculpar seu pai?
-Não! Parei de insistir e voltei a atenção para a estrada.
Chegamos em casa e Malu entrou correndo indo para a cozinha. Por certo ia atazanar a vida de Neide. Coisa que ela adorava fazer. Joguei a bolsa no sofá e decidi ligar pra Mari. No terceiro toque ela atendeu.
-Oi Mari, é a Jéssica!
-Oi querida! Como vai?
-Eu to bem graças a Deus!
-Aconteceu alguma coisa? Ela parecia preocupada.
-Então! Eu liguei pra te convidar pra almoçar aqui. A Malu está com saudade.
-Eu também estou! E como estou. Faz tempo que ela não vem pra cá. Ouvi ela suspirar.
-Pois é! Ela tá dando um gelo no pai. Até tentei convence-la de passar um tempo ai mas ela não deu o braço a torcer.
-A gente tem que dar um jeito nisso.
Conversamos mais um pouco e ela acabou aceitando meu convite.
-Neide, capricha no almoço que a Mari vem almoçar com a gente hoje. Disse entrando na cozinha e peguei Malu devorando um pedaço de pudim.
-A vovó vem pra cá? Ela perguntou.
-Vem sim meu amor! Me sentei. –E que história é essa da senhora comer a sobremesa antes do almoço. Fingi estar brava.
-Eu disse que sua mãe ia brigar com você. Neide comentou.
-É só um pedacinho mamãe.
-Quero só ver na hora do almoço, nada de deixar comida no prato. Esperei Malu terminar de comer e subimos para ela tomar banho.
-O meu pai também vem? Ela perguntou receosa.
-Não filha! Seu pai deve estar trabalhando.

Levei Malu pra tomar um banho e quando descemos Mari estava entrando toda sorridente. Malu desceu correndo e pulou no colo da avó. 
-Eu tava com tanta saudade dessa bonequinha linda. Ela dizia apertando Malu num abraço acolhedor. Conversamos bastante e Mari evitava ao máximo tocar no nome de Luan, Neide avisou que o almoço estava servido e depois que terminamos Malu subiu pra brincar com suas bonecas.
-Ela nem tocou no nome do pai. Mari comentou aparentemente preocupada.
-Isso tá me assustando já. Tenho medo do Luan achar que eu tô fazendo a cabeça dela e afastando a Malu dele. Confessei.
-Ele não pensaria isso Jéssica. 
-Eu não duvido mais de nada vindo do seu filho Mari, desculpa.
-A gente tem que fazer alguma coisa.
Conversamos mas um pouco, Malu desceu e se despediu da avó que teve que ir embora resolver umas coisas. 
Como Malu estava de férias, decidi que iriamos viajar e aproveitar esses dias.

...

-Não quer mesmo que eu leve vocês? Erick se ofereceu pela milésima vez, assim que guardamos as coisas no taxi.
-Não precisa. Sorri agradecida.
-Então me liga assim que chegarem lá. Deu um beijo na ponta do meu nariz.
-Ele também vai mãe? Malu perguntou se desfazendo de Erick.
-Entra no carro filha. Pedo sorrindo e ignorando o mau humor dela. Me despedi de Erick e demos inicio a nossa viagem.

-Mamãe, eu quero ir no banheiro. Malu pediu.
-Levei Malu ao banheiro e em seguida voltamos pro nosso lugar. Estávamos indo pra Minas Gerais e ficaríamos numa das casas que havia herdado da minha avó. Desembarcamos e pegamos um taxi até a casa. Depois de devidamente instaladas, liguei pro Erick e pra Bruna avisei que havíamos chegado bem.

Luan On

-Não vou sair hoje Testa. Disse entrando na van, tinha acabado de desembarcar em São paulo. -Vou na casa da Jéssica.
-Tava demorando né boi. Sorriu.
-Não é o que você tá pensando. Me ajeitei no banco. -Vou tentar fazer as pazes com a Malu. Ela não tá falando comigo ainda.
-Desde a viagem pra chácara? 
-Pois é! Preciso arrumar isso. Decidi nem passar em casa e ir direto pra casa da Jéssica, já estava anoitecendo e precisava pegar Malu acordada. Toquei a campainha algumas vezes até que Neide apareceu.
-Oi seu Luan. Sorriu.
-Boa noite Neide, posso entrar?
-Até pode, mas a dona Jéssica não está.
-Ela está na boate? Eu entro e fico a com a Malu até ela voltar.
-Não, ela não está na boate. Elas viajaram ontem de manhã.
-Viajaram? Pra onde? Perguntei intrigado.
-Elas foram pra Minas.
-Minas? Mas a Jéssica disse quando voltam?
-Disse não seu Luan. A malu entrou de férias da escolinha, então pode ser que voltem só quando as aulas voltarem.
-Obrigado Neide. Me despedi e voltei pra van.
-A Malu não quis falar com você? Rober perguntou rindo.
-Elas viajaram. Entrei e me sentei.
Seguimos pra casa e eu já estava decidido, iria pra Minas e tentaria resolver minha situação com Malu, não dá pra esperar elas voltarem.

Jéssica on

Malu não deu nenhum trabalho pra dormir, estava cansada da viagem e pegou no sono logo. Aproveitei e fui arrumar nossas coisas nos armários. Pretendia ficar até o fim das férias de malu e não dava pra deixar as coisas nas malas. Era quase meia noite quando recebi uma ligação de Erick. ficamos conversando por mais de uma hora e depois fui dormir.
Acordei no dia seguinte com Malu pulando em mim.
-Acorda mamãe.
-Não queria, mas não tem outro jeito né. Ri a abraçando.
-A gente pode ir pra piscina .
-Pode, mas só depois do café. Ficamos mais uns minutos na cama e nos levantamos.
-Quem vai fazer nosso café? Malu perguntou se sentando depois de vir do banheiro.
-Eu ué. A encarei.
-Porque a Neide não veio com a gente?
-Você tá muito abusada viu menina. Ri de seu desespero. Até Malu sabia do desastre que eu era na cozinha. Preparei o cereal dela e levei até a mesa. -Come uma fruta, toma o suco e depois a gente vai pra piscina. Ela concordou. Malu subiu para colocar o biquíni enquanto eu lavava a louça. Depois subi e fui me trocar. -Vamos? Chamei Malu que ficou vendo tv na sala. Passei protetor em Malu, coloquei a boia em seus braços e entramos na piscina. Brincamos bastante e depois de horas, entrei pra arrumar o almoço. Subi pra buscar uma toalha e aproveitei pra postar uma foto nossa.

Os dias com ela são os melhores! 💖 👄

Fui pra cozinha e não tinha ideia do que fazer, então decidi que iriamos sair pra almoçar. Tomei banho junto com Malu, coloquei sua roupa e depois fui me vestir.

´

Estávamos descendo a escada quando a campainha tocou. Malu desceu correndo na minha frente e abriu a porta.
-Espera Malu. Gritei mas ela não me ouviu. Parei quando vi quem estava ali.
-Oi filha. Luan se abaixou ficando na altura de Malu. Ela ficou olhando pra ele e foi se sentar.
-Oi Jéssica. Se levantou e me encarou.
-Oi Luan. Entra! Pedi e ele entrou fechando a porta e indo se sentar ao lado de Malu que estava com os braços cruzados. -Como me achou aqui? 
-Porque? Não era pra achar?
-Não é isso. Só perguntei...
-Eu pedi o endereço pro seu pai. Porque não me avisou que ia viajar?
-Eu avisei a Bruna.
-Mas eu sou o pai da Malu.
-Sério que você veio até aqui pra discutir?
-Não! Eu vim conversar com minha filha.
-Eu não quero conversar com você.
-Malu! A repreendi.
-Filha! Luan voltou seu olhar pra ela. -O papai veio até aqui só pra te pedir desculpas.
-Mas eu ainda tô brava!
-Eu sei. Ele riu e aquilo me derrubou. -O papai é um idiota mas eu não aguento mais ficar longe de você princesa. Fez bico e Malu continuava do mesmo jeito. -Me desculpa vai? Pediu.
Malu respirou fundo. -Tá bom vai. Se deu por vencida e eu comemorei por dentro. Não estava mais aguentando aquela situação. Luan pegou a filha no colo e a apertou num abraço gostoso. 
-Vocês estavam saindo? Me encarou ainda com Malu no colo.
-Estávamos indo almoçar.
-Então eu volto mais tarde.
-Vamos almoçar com a gente papai. malu pediu e eu tremi.
-Melhor não filha. O papai vai pro hotel e volta mais tarde.
-Mamãe, deixa o papai ir com a gente? Malu pediu e depois de tanto tempo longe do pai, não tinha como negar esse pedido a ela.
-Se ele quiser. Dei de ombros e ele me olhou sorrindo.
-Então vamos. Tranquei a casa e Luan nos levou pro restaurante. O almoço foi bem divertido, apesar do clima estranho entre Luan e eu. Malu estava radiante e era isso que me importava. Tudo pela felicidade da minha filha.
Depois do almoço, Luan foi nos levar pra casa.
-O papai volta mais tarde tá bom. Disse se despedindo de Malu que concordou entrando em seguida.
-Vão ficar aqui até quando?
-Até o fim das férias da Malu eu acho.
-Posso voltar mais tarde?
-Pode! Só não promete mais pra ela o que não vai cumprir.
-Qualquer coisa eu ligo. Mas eu venho sim.
-Tudo bem! Dei as costas e entrei.

Eu disse que não ia abandonar a fic. Estava/estou realmente sem tempo mas não vou desistir. Não tenho capítulos prontos pra poder postar mais, mas vou providenciar isso logo. Espero que me desculpem pela demora.



Tô de volta!!!!

Oi meuzamoresssss..

Vejo que os ânimos aqui estão exaltados rsrsrs

Desculpem a falta de capitulo e principalmente a falta de satisfação mas como disse estava realmente sem tempo pra fanfic. Trabalho, filha, marido, casa e pra completar comecei fazer catequese aos sábados ai complicou mais ainda. Só tinha o domingo vago e não adiantava vir aqui e postar qualquer porcaria só pra dizer que teve capitulo. Não prometo postar TODOS os dias pq realmente não tem como mas vou tentar ser mais presente.

Como não tem muito capitulo, peço que vcs leiam a fic do começo novamente pra que voltem entender os acontecimentos e não ficarem tão perdidas. 




Daqui a pouco solto o capitulo.

Bjoss

Kelly

domingo, 8 de novembro de 2015

AVISO!!!!!

 Negas, eu não abandonei a fic não, só não estou postando pq meu not foi pro conserto e ainda não está pronto. Já fui lá pra buscar umas três vezes e nada. Essa semana vou lá de novo e se não tiver pronto vou levar em outro lugar. Desculpa por não ter avisado antes, não curto muito usar o tablet mas tive que vir aqui dar uma satisfação. Demorou mas eu vim kkkk. Desculpem qualquer coisa. Beijoss e até mais.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

58

Jéssica On

Tinha acabado de chegar em casa e estava prestes a subir pro quarto quando meu celular tocou, olhei no visor e era da casa do Luan.
-Alô?
-Jéssica? Ouvi a voz da Mari e um barulho de choro.
-Mari, sou eu. O que aconteceu? Senti minhas pernas tremerem.
-A Malu Jéssica. Ela caiu e bateu a cabeça. Ela parecia desesperada e por não sentir mais minhas pernas, me sentei no degrau da escada. -O Luan tá levando ela pro hospital e pediu pra você levar os documentos dela. Subi rapidamente para o quarto e enquanto Mari me passava o endereço do hospital, eu pegava as coisas de Malu e colocava dentro da bolsa. Finalizei a ligação e desci aos prantos correndo.
Não estava em condições de dirigir, mas não aguentaria esperar um táxi. Pisei no acelerador, passei alguns sinais e isso com certeza me renderia alguma multa, mas não estava me importando com isso. Cheguei no hospital e avistei Mari na recepção.
-Cadê minha filha? Perguntei entre soluços.
-Levaram ela pra fazer alguns exames. O Luan tá naquela sala com o Amarildo. Ela apontou uma porta, entreguei a bolsa com os documentos de Malu pra ela e corri até a sala que ela havia indicado. Abri a porta bruscamente assustando os dois que estavam ali dentro, Luan sentado com os cotovelos apoiados nas pernas e o rosto entre as mãos e seu Amarildo tentava consolá-lo.
-Você é mesmo um irresponsável. Avancei nele que levantou na mesma hora. Seu Amarildo me segurou impedindo que eu lhe acertasse uns bons tapas.
-Calma Jéssica! Eu não tive culpa, foi um acidente. 
-Você não teve culpa? Ri sarcástica. -Foi um acidente? Que tipo de pai você é que não tem competência nem pra cuidar da sua filha? Seu Amarildo ainda me segurava e me sentou num banco ali na sala.
-Ela só vai fazer uns exames porque bateu a cabeça, mas ela está bem. Seu Amarildo tentava me confortar.
-Se ela estivesse bem não estaria num hospital. Disse um pouco grossa, talvez por conta do nervosismo. Mari entrou na sala me entregando a bolsa e um copo com água, Luan me olhava impaciente e eu o fuzilava, seu Amarildo percebendo o clima que estava ali, saiu puxando o filho antes que eu o matasse. Agradeci por isso, não estava suportando olhar pra cara dele. Mari se sentou ao meu lado e começou me contar como tudo tinha acontecido e minha raiva aumentou ainda mais quando ela disse que Luan estava respondendo umas mensagens no celular quando Malu escorregou. Podia jurar que ele estava conversando com alguma vagabunda, do contrário ele não estaria tão distraído assim. A porta se abriu e um médico entrou na sala juntamente com Luan e seu Amarildo, fuzilei Luan e só não o matei porque precisava saber como estava minha filha.
-Como está minha filha? Luan perguntou na minha frente.
-Ela está bem agora. O médico sorriu e eu respirei aliviada.
-Ela já pode ir pra casa? Perguntei.
-Assim que terminar a medicação que ela está tomando pode. Já estou indo assinar os papéis da alta.
-Posso ver minha filha? Perguntamos juntos.
-Podem. O médico sorriu e nos levou até o quarto onde Malu estava. Ver minha filha deitada naquela cama cortou meu coração e fez minha raiva de Luan aumentar ainda mais.
-Tá vendo o que você fez? O encarei nervosa com lágrimas nos olhos.
-Já disse que não tive culpa Jéssica.
-Podia prestar mais atenção na sua filha ao invés de ficar de conversinha no celular.
-Não vou ficar discutindo com você. Ia continuar com a discussão mas Malu acabou acordando me impedindo de continuar.
-Mamãe. Ela abriu os olhinhos e falou fraco.
-Oi meu amor. Sequei as lagrimas e segurei sua mãozinha.
-Porque você tá chorando?
-Por nada não minha linda. Fica quietinha fica. Pedi e ela sorriu pro Luan. 
Ficamos um tempo em silencio e Malu se manifestou de novo.
-Quando eu vou pra casa?
-Daqui a pouco o médico vem te dar alta e a gente já vai pra casa princesa. Respondi.
-Ela vai voltar pra minha casa. Luan retrucou.
-Mas não vai mesmo! O encarei.
-Não vamos começar com essa discussão Jéssica. Ele me encarou de volta.
-Só se eu estiver muito louca pra deixar minha filha voltar pra sua casa.
-Eu já disse que...
-Mamãe, eu quero ir pra casa do papai. Malu nos interrompeu manhosa.
-Mas filha, olha o que aconteceu.
-A tia Bruna disse que ia me ensinar fazer trança nas minhas bonecas.
-Filha? Supliquei.
-Por favor mamãe? Eu prometo que não vou ficar perto da piscina. Respirei fundo algumas vezes e acabei cedendo. O silencio voltou reinar naquele quarto e só foi quebrado depois que o médico entrou dando alta pra Malu e depois de suas recomendações conseguimos ir embora com nossa filha daquele hospital. 
-Eu acho melhor ela ir pra minha casa. Comentei enquanto Amarildo colocava Malu na cadeirinha.
-Ela já fez a escolha dela Jéssica. Luan retrucou.
-Ela é uma criança, não tem idade de fazer escolhas. O fuzilei.
-Fica tranquila querida. Eu vou prestar mais atenção nela. Mari sorriu me confortando.
-Isso me deixa muito mais tranquila, porque se for depender de certa pessoa. Metralhei e Luan revirou os olhos e respirou fundo. -Qualquer coisa a senhora me liga? Pedi.
-Ligo sim, pode deixar. E você também pode ligar ou aparecer a hora que quiser. Ela disse simpática e vi Luan balançar a cabeça negativamente entrando no carro. Entreguei a receita para Mari que entrou também em seguida, segui para o meu carro e tomei o rumo de casa com o coração na mão por não estar com minha filha.

...

O clima entre Luan e eu estava cada vez mais pesado e essa situação estava ficando cada vez mais insustentável.
-O que você tá pensando em fazer? Marcela perguntou depois de mais uma de minhas reclamações em relação à ele.
-Não faço ideia Marcela. Eu definitivamente, não sei o que fazer. Sacudi a cabeça em desespero.
-Só não vai fazer nenhuma besteira.
-O que eu não posso é deixar minha filha desse jeito. Olhei Malu deitada no sofá inconsolável pois o pai havia prometido levar ela para a chácara e simplesmente não apareceu.
-Você ligou pra ele? Perguntou o que aconteceu?
-O que aconteceu foi que ele pouco se importa com a filha. Me irritei. -Não é de hoje que tenho notado o quanto ele está frio e distante da menina. Agora me diz. O que ela tem a ver com nossa separação? Nosso namoro acabou mas ela vai continuar sempre sendo filha dele.
-Eu sei disso amiga.
-Você sabe, mas ele não. Ele tem tempo pra tudo e pra todos. Mas pra filha ele não tem? Vive desfilando por ai, cada dia num lugar diferente e quando é pra ficar com a menina ele simplesmente some e quando aparece vem com a desculpa esfarrapada de que estava ocupado. 
-Fica calma Jéssica, você vai assustar a Malu. Marcela pediu e eu respirei fundo tentando me acalmar.
-Minha filha não merece passar por isso. 
-Você está assim só por que ele não veio buscar a Malu ou tem mais algum motivo pra tudo isso? Questionou.
-Que motivo mais eu teria Marcela.
-Não sei ué. Deu de ombros. -Ontem apareceu umas fotos dele com uma...
-Eu quero que ele se foda Marcela! Acha que ainda me importo com quem ele fica ou deixa de ficar? A encarei. -Por mim ele que fique com quem ele quiser mas que cumpra com o que ele prometer pra menina. Se não queria levar ela nessa viagem, porque prometeu que levaria?
-Ele pisou mesmo na bola, mas depois do episódio da piscina, você ia mesmo deixar a Malu viajar com ele?
-A Mari e a Bruna também foram.
Marcela me ajudou colocar a mesa do almoço e depois que Neide serviu nos sentamos pra comer. Malu, pra variar quase não tocou na comida, ela estava assim desde que o pai foi para a chácara e não a levou.
-Come mais um pouquinho filha. Insisti pela milésima vez.
-Eu não quero mais mamãe. Choramingou e eu desisti.
 Marcela foi embora assim que terminamos de almoçar, e depois de tomar um banho Malu dormiu. Erick me ligou e insistiu pra que fossemos jantar fora, neguei pois não estava afim de sair e na situação que minha filha estava, seria injusto deixá-la sozinha.
-Não vai nem pra boate hoje? Ele perguntou.
Não! Respondi decidida.
-Posso passar na sua casa mais tarde então?
-Se for só uma passadinha rápida pode. Não sou um boa companhia hoje.
-Você sempre é boa companhia Jéssica. Mas prometo que vou ser rápido. Só quero te ver.
-Tudo bem então!
Finalizamos a ligação e liguei na boate avisando que não iria hoje. Me mandaram alguns pedidos por e-mail pra que eu pudesse confirmar ou mudar alguma coisa e fiquei a tarde toda avaliando aquilo.
Erick chegou por volta das 8 da noite, Malu já havia jantado e estava deitada no sofá assistindo televisão.
-Oi bonequinha. Erick disse simpático e Malu lhe respondeu com um oi seco. Estava começando achar que Malu não ia muito com a cara dele. -Olha o que eu trouxe pra você. Ele estendeu uma caixa de chocolate na direção da minha filha.
-Eu não gosto de chocolate. Malu continuou prestando atenção na tv e negou o presente. Mas como assim não gosta de chocolate? Claro que ela gosta de chocolate. 
-Eu vou guardar, depois ela come. Sorri tentando quebrar o clima chato que estava ali. Erick me acompanhou até a cozinha e se sentou em um dos bancos em frente o balcão.
-Ela não gosta de mim né?
-Nada a ver seu bobo. Disfarcei. -Ela não está nos seus melhores dias. Torci a a boca numa careta. Expliquei pra ele o que estava acontecendo e ele não insistiu mais no assunto. Conversamos um pouco e voltamos pra sala. -Que tal a gente assistir um filme? Sugeri olhando pra Malu.
-Eu vou dormir mamãe. Ela se sentou no sofá.
-Mas já filha? Amanhã é sábado, pode ficar acordada mais um pouco. Me sentei ao seu lado e alisei seus cabelos.
-Eu tô com sono. Encarou Erick e se levantou me dando um beijo e subindo em seguida.
-Não posso ficar pro filme morena. Erick beijou meu pescoço.
-Já pedi pra parar de me chamar assim. Fiz bico manhosa, mas realmente não gostava, me lembrava o Luan falando.
-Desculpa. Mordeu meu bico.
-Mas porque não pode ficar?
-Tenho que viajar amanhã cedo. Umas coisas pra resolver no Rio. Fiz careta.
-Ah que pena. Ficamos mais um pouco ali na sala trocando carinhos e logo ele foi embora.
Subi até o quarto de Malu e a encontrei deitada em sua cama abraçada com sua boneca. -Pensei que já estivesse dormindo filha. Entrei e me sentei ao seu lado.
-Eu não tô conseguindo. Fez bico.
-Quer dormir com a mamãe hoje?
-Posso? 
-Claro que pode! Vamos. Estendi a mão pra ela e fomos pro meu quarto. Arrumei a cama e deixei minha filha deitada enquanto fui tomar um banho, coloquei o pijama e me deitei ao lado de Malu.
-Mamãe? 
-Oi filha. A olhei.
-O papai não gosta mais de mim? Ela perguntou e aquilo cortou meu coração.
-De onde você tirou isso filha? Claro seu pai gosta de você.
-E porque ele não me levou com ele?
-Eu não sei filha. Mas quando ele chegar eu pergunto.
-Eu acho que ele não gosta mais de mim. Ela dizia calma, mas dava pra sentir tristeza em sua voz.
-Seu pai te ama Malu. Disse e ela suspirou.
-Ele nem liga mais pra mim mamãe. Me olhou com os olhinhos tristes.
-Você sabe que a vida do seu pai é uma correria filha.
-Mas ele vive saindo com os amigos dele que eu sei. E porque não sai mais comigo?
-Como você sabe que seu pai sai com os amigos dele?
-Porque eu vejo na televisão. Deu de ombros.
-Nem tudo o que passa sobre seu pai na televisão é verdade filha. Mesmo sabendo que ela tinha razão no que dizia, pois realmente, estava saindo muitas matérias sobre as noitadas do Luan na televisão, tive que inventar alguma coisa. Tentei mudar o rumo daquela conversa e parece ter funcionado, ficamos assistindo um filme até Malu pegar no sono, desliguei a televisão e ali deitada ao lado da minha filha, tentei achar alguma solução para esses problemas. Não podia mais deixar minha filha sofrendo com a ausência do pai. cada dia que passava ele estava mais distante e ela não merecia passar por essas coisas. Luan ia ter que aprender ser mais presente na vida dela, ou se quiser se afastar que se afaste de uma vez e assim não deixar mais minha filha criando expectativas onde não existe. 

...

Luan chegou de viagem dois dias depois e apareceu em casa, inesperadamente.
-O que você tá fazendo aqui?
-Vim ver a Malu.
-Agora lembrou que tem uma filha?
-Vai me deixar entrar?
-A Malu está na escola.
-Eu sei.
-Então volta mais tarde.
-Eu sei que daqui a pouco ela chega. Disse já entrando.
-Você não tem vergonha não? O encarei.
-Do que?
-Como do que? Prometeu que ia levar a menina pra chácara e nem ligou pra dar uma explicação.
-Minha mãe e minha irmã não foram. Eu sabia que você não ia deixar ela ir. Deu de ombros.
-E porque não ligou pra avisar? Tem noção de como ela ficou todos esses dias?
-Eu já voltei. E vim buscar ela pra ficar comigo agora.
-Agora? Ri irônica. 
-É Jéssica, agora. Neguei e antes mesmo que pudesse continuar com aquela discussão, Malu entrou na sala fechando a cara assim que viu Luan sentado no sofá.
-Oi filha. Ele se levantou sorridente indo abraçar Malu, mas ela passou direto por ele e subiu para o quarto.
-O que foi isso? Ele parecia incrédulo e eu dei de ombros.
-Continua se afastando dela e vai ser daí pra pior.
-O que você anda falando pra menina pra ela me tratar dessa forma?
-Eu não falei nada Luan. São as suas atitudes que está deixando ela assim. Não vem colocar a culpa em mim não.
-Eu vou lá falar com ela. Subiu antes mesmo de me deixar falar qualquer coisa. Fiquei na sala esperando que Luan resolvesse alguma coisa com Malu e alguns minutos depois ele desceu.
-Ela não quer ir comigo. Disse sério e eu dei de ombros. -Se eu descobrir que você tá colocando minha filha contra mim eu não sei o que sou capaz de fazer.
-Presta atenção nas coisas que você fala. Alterei minha voz. -Você se afastou da menina e agora que ela está se afastando de você, vem colocar a culpa em mim? 
-Ela nunca me tratou desse jeito. Tenho certeza que você anda fazendo a cabeça dela.
-É melhor você sair da minha casa. Pedi com o tom de voz mais baixo. Não queria assustar minha filha. -Quando a Malu quiser te ver eu dou um jeito de te avisar.
-Nem pense em afastar minha filha de mim.
-Não vou, desde que você se torne mais presente na vida dela e cumpra com o que promete. Do contrário vou fazer o que for possível pra ver minha filha bem. Mesmo que isso signifique ter que ficar longe de você.
Disse já abrindo a porta. Ele me encarou e podia ver que seus olhos ferviam, ódio talvez. Mas não estava me importando. Se minha filha não queria ficar perto dele, o melhor a fazer era mantê-lo longe.



Volteeeeiiii ÊÊÊÊÊÊÊ 👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏

Os ânimos estão alterados por aqui né minha gente. Só digo uma coisa.
A TENDENCIA É PIORAR !!!!